Mais de 1 milhão de passageiros
Cerca de 100 mil passageiros transitaram pelo Aeroporto Internacional Governador Jorge Teixeira em Porto Velho durante o último dezembro. Boa parte deles – por volta de 20% do total – barrageiros que passaram as festas de final de ano com a família em seus estados de origem. A estimativa é do superintendente da Infraero de Rondônia, Vicente Silva.Entre os usuários, algumas reclamações são recorrentes: Os altos preços dos produtos na praça de alimentação, a falta de limpeza e papel higiênico nos banheiros e o espaço pequeno para embarque e desembarque de passageiros na frente do aeroporto. Outra reclamação é o fechamento do guichê da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) nos 21 primeiros dias de 2013. Na fachada do pequeno escritório, a Agência disponibilizou o telefone 0800 725 4445 para denúncias. As fiscalizações, segundo a assessoria de imprensa do órgão, são periódicas ou são feitas quando ocorre alguma queixa.
O número de passageiros vem crescendo no aeroporto de Porto Velho. Além dos voos fretados pelas empresas construtoras das hidrelétricas para o transporte dos trabalhadores aos seus estados de origem e do turismo de negócios, a boa novidade é o aumento de pessoas que visitam a Capital para conhecer e curtir a cidade ou rever amigos. Em 2011, 981 mil passageiros passaram pelo terminal. Em 2012, até novembro, foram registrados 951 mil e a expectativa é de fechar as estatísticas do ano passado com aproximadamente 1 milhão e 50 mil, calcula o superintendente Vicente Silva. O terminal opera uma média de 25 voos diários.
No ano passado, a Infraero registrou 209 reclamações sobre os serviços do aeroporto. “Um número pequeno se considerarmos a quantidade de passageiros”, avalia o superintendente. Vicente Silva considera que a ausência dos fiscais da Anac prejudica os usuários. “Muitas vezes, eles procuraram alguém para reclamar e não encontram. Nós fazemos o que é possível para atendê-los, mas em alguns assuntos, como reclamações contra empresas de aviação, são da alçada da Anac”, diz. Para ele, a ausência de agentes reduz a capacidade de fiscalização dos serviços. A assessoria de imprensa da Anac se comprometeu a informar por email o posicionamento do órgão no aeroporto de Porto Velho.
Preços salgados na praça de alimentação
Um problema que não é só de Rondônia, o alto custo da alimentação no Aeroporto Jorge Teixeira obriga os passageiros a efetuar despesas extras. É o caso da assistente social Carijina Sueli de Oliveira Gomes, que em viagem com a filha pequena se viu obrigada a pagar um almoço no Aeroporto. Desembolsou R$ 16,00 por uma porção de macarrão. “Foi o jeito, não poderia deixar uma criança sem almoçar”, alega. Outros preços assustam os passageiros na praça de alimentação. A latinha de cerveja custa R$ 5,00, o café pequeno R$ 2,50, o grande R$ 3,50 e o expresso chega a R$ 5,00. Um sanduíche “simples”, conforme o cardápio, exige o gasto de R$ 11,50.
O superintendente da Infraero, Vicente Silva, explica que os preços cobrados no aeroporto são baseados em uma pesquisa de mercado feita em Porto Velho, mas admite que as contas estão salgadas.A Infraero passou a discutir o assunto com as entidades representativas do comércio em âmbito nacional, para rever os valores cobrados aos passageiros, depois que o assunto ganhou manchetes na imprensa nacional.
Sobre a falta de limpeza dos banheiros ele explica que o crescimento da demanda de passageiros que ocorreu em dezembro dificultou a manutenção. Para melhorar o serviço haveria a necessidade de aumentar o número de funcionários com novas contratações, o que acarretaria um aumento do preço da taxa de embarque